sábado, 30 de maio de 2015

31 MAI 2015 “75% DOS JOVENS PORTUGUESES NÃO FUMAM”

Ciente que a prevenção é um dos principais pilares da luta para acabar com a epidemia do tabaco, a Comissão de Tabagismo da SPP aposta, este ano, em chamar a atenção para aquele que é considerado o grupo mais vulnerável ao início do hábito tabágico.
A mensagem deste ano - “75% dos jovens portugueses não fumam”- destaca os últimos dados nacionais, publicados no relatório da DGS “Portugal, prevenção e controle do tabagismo em números – 2014”1. Os dados apresentados mostram perspetivas pouco animadoras em relação ao início e consumo de tabaco nos mais jovens, nomeadamente na população dos 15 aos 24 anos:  25.5% dos jovens nesta faixa etária, quando inquiridos, terão declarado ter fumado nos últimos 30 dias. Para Ana Figueiredo, Coordenadora da Comissão de Tabagismo da SPP “nos últimos anos pouco tem sido o investimento na prevenção deste grupo de risco, o que fez estagnar a redução de início de consumo que se verificava no passado. Por outro lado o consumo nas raparigas é agora muito mais expressivo, com pouca diferença em relação aos rapazes”.

Sabe-se que a maior parte dos jovens inicia o consumo por curiosidade e influência dos amigos ou de grupos. A campanha deste ano quis inverter os números e mostrar de uma forma positiva aos jovens que não fumar é ter atitude, personalidade e uma postura de afirmação, o que não acontece com os fumadores que acabam por ficar socialmente desenquadrados, como “aves raras” ou até como a “ovelha negra”.

A SPP lembra ainda que é importante não negligenciar a questão da exposição ao fumo ambiental, que acaba também por colocar os jovens numa situação de vulnerabilidade. “É fundamental criar leis realmente restritivas, sem exceções, que desencorajem o início do consumo. Estudos científicos têm mostrado que os jovens que vivem em cidades com proibições abrangentes de fumar em restaurantes, bares e discotecas têm metade da probabilidade de se tornarem fumadores, em comparação com os jovens que vivem em áreas sem restrições ou com proibição parcial de fumar2. Além disso, a saúde das crianças e dos jovens também beneficia de políticas abrangentes de proteção ao fumo do tabaco: em países “smoke-free” houve redução dos internamentos por asma infantil e de partos prematuros”3,4, acrescenta Ana Figueiredo.

2 Siegel M et al. Effect of local restaurant smoking regulations on progression to established smoking among youths. Tobacco Control 2005. http://tobaccocontrol.bmj.com/content/14/5/300.full
Mackay D et al. Smoke-free Legislation and Hospitalizations for Childhood Asthma. NEJM 2010.http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1002861
Been JV et al. Effect of smoke-free legislation on perinatal and child health: a systematic review and meta-analysis. Lancet 2014. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24680633
http://www.sppneumologia.pt/noticias/noticia/75-dos-jovens-portugueses-no-fumam-31052015
www.terlaser.com

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