domingo, 7 de agosto de 2022

O que é o stress e o que provoca? – causador de ansiedade...

 Como é que a resposta ao stress funciona e como é que o excesso de stress se torna o principal causador da epidemia de ansiedade e depressão? Uma breve revisão vai ajudá-lo, enquanto progenitor, a compreender a importância da gestão do stress na proteção do seu adolescente.

O sistema de resposta ao stress inicia-se no cérebro, onde níveis mais elevados analisam atentamente o nosso mundo e avaliam qualquer coisa que seja perigosa ou exigente. Quando um fator de stress é detetado ( e poderá ser uma emoção ou uma ameaça), a amígdala (resposta ao medo), o hipotálomo (avaliação emocional) e a glândula pituitária (sinalização de emergência) despoletam a resposta ao stress –também apelidado de resposta “luta ou foge”.



https://www.saberatualizado.com.br/2019/09/luta-ou-fuga-nao-e-disparado-pela.html

Existem duas fases nesta resposta. Na primeira fase, um sinal de um nervo na parte interior das glândulas adrenais (uma acima de cada rim) liberta o primeiro grupo de hormonas, dos quais a adrenalina (também chamada de epinefrina) é a mais conhecida. A adrenalina realça um sentimento de bem estar e é por isto que podemos tornar-nos adictos (dependentes).

Enquanto estas hormonas são libertadas, o sistema nervoso simpático é ativado, aumentando o nosso ritmo cardíaco, pressão arterial e respiração, para nos ajudar a lutar ou a fugir.

O corpo também reage ao aumentar o bombear do sangue para os músculos nos braços e pernas (para correr mais rápido), ou mãos e pés frios ou transpirados (de modo a podermos agarrar-nos melhor às coisas). Isto também é responsável por níveis de colesterol aumentados, o que faz parte da resposta ao stress. Se não for tratada, esta reação pode causar uma doença cardiovascular.

A primeira fase dura cerca de 10 dias, se o fator stress permanecer. Se a crise não for resolvida nessa altura, a segunda fase é despoletada. Neste ponto, um mensageiro químico (hormonas) é enviado para uma camada exterior das glândulas adrenais, caso a via do nervo tenha sido afetada. Este mensageiro diz às glândulas adrenais para libertarem outro grupo de hormonas de stress necessárias ao combate do stress de longa duração. Duas das principais hormonas envolvidas são o cortisol e a cortisona, e ambas ajudam a combater a inflamação e a obter energia armazenada na gordura, utilizando-a onde é necessária.

Se estas hormonas de emergência fossem as únicas a combater, as coisas não seriam tão más. Só que em  conjunto com todas as outras hormonas adrenais estão explosões efervescentes das hormonas sexuais. Em conjunto elas fazem uma mistura poderosa e disruptiva!

O jorro das hormonas de stress impacta virtualmente todos os sistemas do corpo, da cabeça aos pés. Cinco sistemas principais respondem ao stress (principalmente adrenalina e cortisol) e podem ficar gravemente comprometidos pelo stress prolongado:

1.   Sistema cardiovascular. O aumento da pressão arterial e do colesterol tornam-nos mais propensos a doenças coronárias.

2.   Sistema imunitário. Uma atividade reduzida do sistema imunitário torna-nos mais suscetíveis a infeções virais e de outros tipos.

3. Sistema analgésico. O número reduzido de endorfinas aumenta a nossa experiência à dor.

4.     Sistema de relaxamento. Um número reduzido de calmantes naturais do cérebro torna-nos mais propensos a distúrbios de ansiedade, especialmente a ataques de pânico.

5.  Sistema da “felicidade”. A interferência com os neurotransmissores torna-nos propensos à depressão.

Existem outros sistemas que também são afetados pelo stress: o sistema endócrino, o sistema digestivo e o sistema respiratório. Eventualmente, quando o cérebro decide que a situação já não é perigosa, o estado de emergência passa e o corpo começa a relaxar e a acalmar e os níveis de hormonas de stress decaem. Isto pode ser facilitado pela “resposta de relaxamento”. Aprender formas de diminuir as hormonas de stress é essencial para se recuperar dele, bem como da maior parte dos distúrbios de depressão e ansiedade.

Fonte:

Arch Harta e Catherine Hart Weber. (2005). Stress ou Depressão? Nashville: Tipografia Lousanense, Lda. Pág 44, 45 e 46

Quando o stress é intenso e prolongado – dias longos, noites curtas

 

Quando qualquer tipo de stress – bom ou mau – é prolongado, excessivo e intenso, o adolescente corre riscos de ter problemas. Na verdade, o stress grave por tornar-se prejudicial apenas duas semanas após o seu início. Samantha era um exemplo perfeito disso. Entrou no secundário muito determinada, decidindo inscrever-se em várias disciplinas opcionais, ingressar na equipa de corta-mato e concorrer para presidente de turma.

Não demorou muito até os dias começarem a ser cada vez maiores e as noites cada vez menores. Samantha era responsável por conceber e coordenar o kit de boas vindas da turma (atividades lúdicas). Isso deixou-lhe pouco tempo para estudar para os testes e a falta de sono deixou-a fisicamente exausta. Aos fins de semana (quando a adrenalina da maior parte dos adolescentes decai), começou a ter acessos de choro. Estava agora em constante conflito com os pais devido à sua irritabilidade e atitude petulante. Reparando que estava mental e emocionalmente perturbada, os pais sabiam que estava a entrar numa zona perigosa. Era tempo de Samantha aprender a estabelecer prioridades no seu horário e recuperar dos danos do stress no seu sistema.

Os adolescentes incapazes de recuperar do stress ou abstrair-se do ambiente stressante transitam para a angústia (distúrbio precoce do stress). O excesso de atividade do sistema de resposta ao stress, quando não é gerido, pode causar não só exaustão e fadiga geral, mas também um elevado nível de cortisol na circulação que, na qualidade de primo da adrenalina, perturba o delicado equilíbrio químico no cérebro e despoleta ansiedade e depressão. É uma manifestação física de um princípio orientador que todos os pais precisam de perceber: fomos concebidos para tolerar pequenos períodos curtos de stress extremo.

Tanto a adrenalina como o cortisol agem contra o corpo quando os seus níveis elevados são prolongados. Cerca de 50% dos adolescentes que estão deprimidos revelam excesso de atividade da resposta das hormonas do stress, evidenciada pelo facto de que as glândulas adrenais se juntaram para comportar as exigências do elevado stress das suas vidas.

O corpo, a mente e as emoções de um adolescente são simplesmente incapazes de lidar com níveis contínuos de stress crónico quotidiano. Fomos concebidos para viajar de camelo e não para viagens no ciberespaço! E embora em períodos curtos a alta velocidade possam ser tolerados, testar continuamente os nossos limites irá causar o colapso do corpo e da mente humana. Esta é a razão principal para a epidemia de depressão que encontramos nos nossos adolescentes atualmente e para o grande desafio de os ajudar a viver vidas equilibradas num mundo que nos empurra para lá dos limites da conceção de Deus.

 


Fonte:

Arch Harta e Catherine Hart Weber. (2005). Stress ou Depressão? Nashville: Tipografia Lousanense, Lda. Pág 43 e 44

 

5 Coisas que só uma pessoa que está a parar de fumar compreende (cont.)

 21. Enquanto folheia um panfleto sobre como parar de fumar, você começa

 a sonhar como posso fumar o panfleto.



22. Decide começar a correr para não voltar a fumar, mas logo descobre
 que pode correr e fumar ao mesmo tempo.


23. O que os não-fumadores fazem depois de uma sesta? Depois de aspirar?
 Depois de fazer qualquer coisa?


24. Por acaso sabe o que iria saber bem depois de um bom treino? Não diga
 um cigarro. Não diga um cigarro. 


25. Assume abertamente aos amigos que vai deixar de fumar. Mas... tenta
 convencê-los de que eles devem ter sonhado quando o pegaram a  fumar
 uma semana depois.



 

29 Things Only A Person Trying to Quit Smoking Would Understand (healthline.com)