quarta-feira, 10 de junho de 2020

Melatonina

O seu núcleo supraquiasmático comunica o sinal cíclico da noite e do dia ao cérebro e ao corpo usando um mensageiro circulatório que se chama melatonina.

A melatonina tem outros nomes, onde se incluem, por exemplo, «a hormona da escuridão» e a «hormona vampírica». Não porque seja algo sinistro, mas simplesmente porque é uma hormona relacionada com a noite.

Instruído pelo núcleo supraquiasmático, o aumento do nível de melatonina, começa assim que chega o entardecer, sendo libertado na corrente sanguínea pela glândula pineal, uma área situada nas profundezas da parte de trás do cérebro.

                                    Hormona do sono produzida à noite

O seu núcleo supraquiasmático comunica o sinal cíclico da noite e do dia ao cérebro e ao corpo usando um mensageiro circulatório que se chama melatonina.

A melatonina tem outros nomes, onde se incluem, por exemplo, «a hormona da escuridão» e a «hormona vampírica». Não porque seja algo sinistro, mas simplesmente porque é uma hormona relacionada com a noite.

A melatonina atua como um poderoso megafone, enviando uma mensagem clara ao resto do cérebro e do corpo. «Está escuro! Está escuro!» Neste momento, recebemos a notificação de que é noite e com ela o comando biológico de que chegou a altura de dormir.

Desta forma, a melatonina ajuda a regular o timing em que o sono ocorre, assinalando sistematicamente a escuridão por todo o organismo.

Mas a melatonina tem pouca influência na produção do sono propriamente dita: esta é uma presunção errada da parte de muita gente.

 

Para tornar esta distinção mais clara, pense no sono como uma corrida olímpica de 100 metros. A melatonina é a voz oficial que diz «Atletas, aos vossos postos», e depois dispara o tiro de partida que dá início à corrida.

A voz oficial (a melatonina) controla quando a corrida (o sono) começa, mas não participa ativamente nela. Nesta analogia, os atletas são as restantes partes do cérebro e os processos que geram ativamente o sono.

A melatonina reúne estas regiões do geradoras do cérebro e coloca-as na linha da partida na hora de ir para a cama.

Esta hormona providencia simplesmente as instruções oficiais para que comece o evento do sono, mas não participa na corrida propriamente dita.

Por estes motivos, a melatonina por si só não é um poderoso coadjuvante do sono, pelo menos não para individuos saudáveis, sem estarem sob o efeito de jet lag.

Na verdade, a presença de melatonina na solução para este fenómeno é escassa, se é que de todo existente. Posto isto, existe um efeito placebo significativo em relação à melatonina que não deve ser desvalorizado: afinal, o efeito placebo é o efeito mais confiável de toda a farmacologia.

Também é importante perceber o facto de que, nos Estados Unidos, a melatonina se encontra nos medicamentos de venda livre não é regularmente regulada pelas autoridades indicadas como a US Food and Drug Administration (FDA).

As avaliações científicas das marcas de venda livre encontram uma concentração de melatonina que vão desde 83% a menos até 485% a mais do que indicado na lista de excipientes.

Assim que o sono ocorre, a concentração da melatonina diminui lentamente ao longo da noite até às primeiras horas da manhã.

Com o amanhecer, à medida que a luz do sol entra nos olhos (mesmo através das pálpebras fechadas), é como se o travão da glândula pineal fosse pisado, desligação assim da libertação da melatonina.

A ausência da hormona informa então o cérebro e o corpo de que a meta assinala o fim do sono já foi atingida. Está na altura de concluir a corrida do sono e permitir que a vigília ativa regresse e se instale durante o resto do dia.

Neste aspeto, nós os seres humanos somos «alimentados a energia solar».

Depois à medida que a luz se desvanece, levanta-se o travão solar que bloqueia a melatonina.


                                    

Enquanto os níveis hormonais voltam a aumentar, uma nova fase de escuridão é identificada e um novo evento de sono é chamado à linha de partida.

 

Fonte: Walker, Matthew; Porque dormimos?; Men’s Journal, fevereiro 2019, 978-989-8892-25-6

Fonte 1ª Imagem: https://www.pharmanord.pt/news/portugueses-tem-dificuldade-em-dormir-a-noite1

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terça-feira, 9 de junho de 2020

Alimentos prejudiciais (em caso de ansiedade)-leite

Continuação da mensagem anterior sobre os alimentos prejudiciais para agravar o estado de ansiedade e hoje falamos sobre o leite. Texto mais uma vez retirado do Livro Burn Out de João Bravo.
"O tema do leite tem sido um pouco polémico. Eu acredito que o leite é literalmente um veneno para a nossa saúde e contribui para aumentar o cansaço físico e mental. 

O ser humano é a única espécie que toma leite de outra espécie. 

Somos também a única espécie que continuamos a beber leite após a infância. Não existe mais nenhum animal adulto que beba leite.

Quando recomendo a um paciente que elimine o leite da alimentação, a primeira questão que me colocam é a seguinte: e então como é que vou ingerir cálcio? 

Bom, para responder a esta pergunta vamos pensar no seguinte: a vaca produz cálcio ou o cálcio presente no leite é adquirido pela vaca através de alimentos que ela consome?

 Na realidade, o cálcio presente no leite provém dos alimentos que consome, nomeadamente verduras, ervas e outros vegetais. 


Para além disso, o cálcio presente no leite é de pior qualidade e tem menos biodisponibilidade (a capacidade que o organismo tem de absorver um nutriente) do que o cálcio que podemos encontrar nas hortaliças e verduras. 

Sendo assim são estes os alimentos que devemos privilegiar.

Existe ainda outra questão, gostava que o leitor soubesse que a suplementação com cálcio contribui para diminuir a esperança de vida e conduz a diversas doenças. 

Quem consume cálcio regularmente tem a probabilidade de viver menos do que uma pessoa que não toma suplementos de cálcio.

Isto deve-se ao facto de nada garantir que esse cálcio se fixe no osso e o mais provável é fixar-se nas artérias coronárias ou na artéria aorta, o que vai interferir com o funcionamento do coração e consequentemente originar cansaço de esgotamento. 

Muitas operações são realizadas para resolver problemas com a calcificação de válvulas cardíacas e isto deve-se à ingestão de suplemento de cálcio. 

Outro dos problemas relacionados prende-se com com um mau funcionamento dos rins. 

O cálcio em excesso complica o funcionamento do rim. Se o cálcio não for tomado juntamente com vitamina D3 e magnésio, a sua fixação nos ossos pode não se verificar e causar muitos problemas à sua saúde.

Outro grande problema do leite é uma proteína que se chama caseína. Segundo estudos publicados recentemente, o soro do leite de vaca de leite pode causar intoxicação e neurointoxicação por ação desta proteína. 

A Caseína do leite de vaca não é igual à caseína do leite materno e devido às reações do nosso sistema imunitário, que repelem substâncias estranhas ou antinaturais, pode causar cancro e doenças auto imunes. 

Algumas pessoas com doenças graves relacionadas com o sistema nervoso, tais como o autismo e síndrome de Asperger, sãos sensíveis à caseína. 

Desta forma é possível comprovar que a caseína contida no leite de vaca pode interagir com o sistema nervoso central. Os sintomas mais comuns são irritabilidade, perda de sono, tontura prolongada e cansaço.

Pense no seguinte e tire as suas próprias conclusões:

Porque é que os países que mais leite consomem
são os que apresentam maiores taxas de osteoporose?

Com todos estes processos são eliminados quase todos os nutrientes, com exceção das proteínas, sobretudo a caseína e um açúcar - a lactose.

A lactose, para ser digerida  (no jejuno, a parte mais longa do intestino delgado), necessita de enzima lactase. A partir dos quatro anos de idade, a nossa produção de lactase começa a diminuir. 

Aos cinquenta anos, a lactase já não existe no nosso organismo, o que origina a fermentação de toda a lactose. 

Ao chegar ao intestino, a lactose transforma-se em dióxido de carbono, absorve água e o ser humano desenvolve imensas patologias desde físicas a psíquicas.


Fonte: Bravo, João; Burn Out; Casa das Letras, setembro 2019 2ªedição, 978-989-780-109-9

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Sempre se fumou

"Sempre se fumou, quaisquer que fossem as civilizações, os tempos ou os costumes; e, muito provavelmente, continuar-se-á a fumar ainda durante muito tempo.
Embora o tabaco tenha sido importado para a Europa pelos companheiros Cristovão Colombo - numa época, portanto, relativamente recente -, já foram encontrados cachimbos antigos em todos os países europeus.
As Vestais de Roma
Reprodução de uma tela de Jean Raoux, 1727 - *"
Os Gregos e os Romanos fumavam o orégão, a tussilagem ou mesmo a leituga (alface brava) como narcóticos. Heródoto, o grande viajante, indicou que os habitantes de certa ilha se reuniam em redor de uma fogueira para se embriagar com o fumo de certos frutos que nela queimavam. Fosse nos altares onde os vestais de Roma não podiam deixar que o fogo se extinguisse, fosse nos insensórios dos antigos templos píticos, fosse nas fumigações de cânhamo realizadas pelos druidas antes dos sacrifícios, o fumo estava sempre presente e, as mais das vezes era sagrado. e também assumiu rapidamente funções terapêuticas.
Mas, a pretexto de supostas virtudes afrodisíacas atribuidas a plantas como a dormideira, a mandrágora ou a papoila vulgar, a fumigação deslizou do domínio terapêutico para o domínio do prazer. Também os instrumentos se modificaram em correspondência com a necessidade de fumar.
As escavações de Herculano trouxeram à luz do dia pequenas peças de osso pintado onde vemos mulheres a fumar cachimbo; e um baixo-relevo mexicano do século VI representa um sacerdote maia a fazer o mesmo. Então, se o hábito de fumar já vem de tempos antigos, que motivos há para que não se continue a fazê-lo? Porque é que os nossos contemporâneos, gente de progresso e de bem-estar civilizado, não poderão também fumar?
Basta alguns números para dar resposta a isso: em 1888, o consumo anual do tabaco era já de 810g per capita, quando em 1789 era ainda apenas de 228g. Mas em 1978, perto de um século depois, os Estados Unidos vinham à frente do consumo mundial de tabaco per capita com perto de 28,16 kg por habitante.
Tinha-se, portanto, dado um grande passo: de um consumo incipiente e hedonista, reservado a uma minoria, a uma dramática servidão que subjuga a maioria das pessoas."

Fonte: Roger, Jean Luc; Como Deixar de Fumar; Publicações Dom Quixote, 1984, 71308
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*1 http://blogln.ning.com/profiles/blogs/as-virgens-vestais
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