sábado, 15 de agosto de 2020

Estarei a dormir o suficiente

 “Colocando de parte o exemplo extremo de privação do sono, como saber se está a dormir o suficiente regularmente? Embora seja necessária uma avaliação clínica para responder convenientemente a esta pergunta, existe uma regra fácil de usar, que consiste em responder a duas perguntas simples. A primeira, depois de acordar de manhã, é perguntar-se se consegue adormecer novamente às dez ou às onze da manhã. Se a resposta for «sim», é provável que não esteja a dormir as horas suficiente, ou as que dorme não sejam da melhor qualidade. A segunda pergunta é se consegue funcionar ao seu nível óptimo até ao meio-dia, sem ajuda de cafeína. Se a resposta for «não», o mais provável é estar a automedicar o seu estado crónico de privação de sono.

https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2019/feb/09/best-thing-you-can-do-for-your-health-sleep-well

Deve ter ambos os sinais em consideração e procurar resolver a sua insuficiência de sono. Em termos gerais, esta sensação de sonolência que impele uma pessoa de dormir a meio da manhã ou exige que ajude ao estado de alerta através do consumo de cafeína deve-se normalmente ao facto de que não se permite a ter uma oportunidade de sono adequada – pelo menos oito ou nove horas por dia. Quando não dorme o suficiente, uma das muitas consequências é que os níveis de adenosina são sempre demasiados elevados. Como um empréstimo cujo juro é demasiado alto e  nunca se consegue pagar, quando a manhã chega, ainda existe no organismo um remanescente de adenosina do dia anterior. Depois transporta consigo essa extraordinária vontade de dormir ao longo e todo o dia.  Também à semelhança de um empréstimo com pagamentos atrasados, esta dívida de sono vai continuar a acumular-se. É impossível escondermo-nos dela. Ela vai tentar alcançar-nos no próximo ciclo de pagamentos, e no próximo e nos seguintes, produzindo uma condição de privação de sono prolongada e crónica que se acumula ao longo dos dias. Esta impressionante obrigação de sono resulta numa sensação de fadiga crónica, que se manifesta através de várias formas de perturbações mentais e físicas que neste momento são tão comuns nos países industrializados.

Outras perguntas que o podem ajudar a perceber e dorme o suficiente são: se não colocar o despertador, dorme para lá da hora a que precisa de acordar? (se sim, precisa de dormir mais tempo do que aquele a que se permite). Dá por si em frente ao computador a ler e a reler (e quem sabe a ler pela terceira vez) a mesma frase? (este é frequentemente um sinal de cérebro fatigado com poucas horas de sono). Esquece-se por vezes da cor dos últimos semáforos por onde passou enquanto conduzia? (a distração simples é muita vezes a causa, mas a falta de sono também é um culpado a ter em conta).

Claro que mesmo que se permita bastante tempo para dormir uma noite inteira, a fadiga do dia seguinte e a sensação de sono podem continuar a ocorrer, mas talvez porque sofra de uma perturbação do sono não diagnosticada, sendo que existem atualmente mais de uma centena por onde escolher. A mais comum é a insónia, seguida pela perturbação respiratória do sono, ou apneia do sono, que inclui o ressonar pesado. Se suspeita que os eu sono, ou o de outra pessoa, pode sofrer de uma perturbação que resulta numa fadiga diurna, na diminuição de capacidades ou stress, ...procure ajuda.

De seguida faça este pequeno questionário que foi desenvolvido por investigadores do sono e que o vão permitir determinar o seu nível de satisfação de sono.



https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2019/feb/09/best-thing-you-can-do-for-your-health-sleep-well

Fonte: Walker, Matthew; Porque dormimos?; Men’s Journal, fevereiro 2019, 978-989-8892-25-6 Pág 46 a 48


Questionário – avaliação de perfil do fumador

    Apresento em seguida uma prova preparada pela American Cancer Society em 1971. É um questionário com 18 perguntas a que o leitor deve responder um função de uma escala de frequências.          Este estudo permite-lhe medir com maior exatidão aquilo que o leva a fumar e, portanto, determinar a que categoria de fumadores pertence. Recorde-se de que as pessoas não se desintoxicam da mesma maneira quando procuram no tabaco um apoio físico, um apoio moral, uma sensação de prazer ou quando apenas sacrificam cegamente a um certo automatismo.


 

Fonte: Roger, Jean Luc; Como Deixar de Fumar; Publicações Dom Quixote, 1984, 71308

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Alimentos para combater a ansiedade – aveia e pólen

 

"Aveia

Nalguns países era prática corrente colocarem pessoas com problemas relacionados com o sistema nervoso a dormir sobre um colchão de aveia.

Este costume remonta à antiguidade e, embora o nossos antepassados o fizessem de forma empírica, uma vez que não conseguiam explicar o porquê das melhorias verificadas por quem utilizava este método, na atualidade já é possível fundamentar a razão destas melhorias.

https://barbaranutricao.pt/aveia-flocos-farinha-ou-farelo/
https://barbaranutricao.pt/aveia-flocos-farinha-ou-farelo/

A aveia é provavelmente o cereal mais rico em nutrientes, contendo na sua composição vitaminas do complexo B, vitamina E, cálcio, fósforo, magnésio, manganésio, selénio, ferro, potássio, zinco, lecitina, fibra, hidratos de carbono, proteínas, aminoácidos essenciais e ácidos gordos polinsaturados. Destaco ainda da sua composição o avenasterol, uma substância vegetal semelhante ao colesterol que impede a absorção deste, fazendo com que desta forma os seus valores na corrente sanguínea se mantenham equilibrados. Contém ainda avenina, um alcalóide não tóxico que atua positivamente sobre o sistema nervoso.

Considero que a aveia é um alimento fundamental para o equilíbrio do sistema nervoso uma vez que contém os nutrientes fundamentais para o bom funcionamento dos neurónios.

Sendo assim, pode e deve ser utilizada para melhorar a atividade cerebral e em casos de nervosismo, ansiedade, insónia, depressão, esgotamento e burn out.[1]

 

Pólen

 

O pólen das abelhas é reconhecido cientificamente como um dos alimentos mais completos que podemos encontrar na natureza. É um dos suplementos dietéticos mais antigos que se conhecem. Possui praticamente todas as vitaminas, minerais oligoelementos, enzimas, hidratos de carbono, antioxidantes e proteínas que o ser humano necessita.

Devido ao seu grande conteúdo em proteína e vitaminas de complexo B, tem um papel muito importante no tratamento do burn out agindo diretamente sobre o foco do cansaço e melhorando a performance dos neurotransmissores. Desta forma, combate o cansaço, ajuda a recuperar e a melhorar a forma física e mental, a irritabilidade, a depressão e a diminuição das capacidades cognitivas.

O pólen é muito nutritivo e tonificante, exercendo um efeito revigorante e revitalizante sobre todo o organismo, sendo por isso fundamental para quem sofre de cansaço, apatia, esgotamento físico, esgotamento psicológico e melhoria da função sexual. Tem também um efeito muito positivo sobre outras patalogias tais como a anorexia, alergias e acne.

A dose diária recomendada é uma ou duas colheres de sopa por dia (15 a 30g). Deve ser tomado preferencialmente ao pequeno-almoço e pode juntar-se a sumos de fruta, bebidas vegetais ou iogurte.

https://www.mediotejo.net/sardoal-lanches-saudaveis-com-mel-e-polen-no-ca-da-terra/

Existem algumas precauções relativamente à utilização do pólen. As pessoas alérgicas à picada de abelha devem previamente testar se fazem ou não alergia ao pólen de abelha. Para isso, e caso desconheçam se são alérgicos ou não, devem ingerir nas primeiras vezes uma pequena quantidade e verificar se existe algum sintoma anormal que possa ocorrer. Se notar alguma sintomatologia estranha, não deverá utilizar o pólen de abelha.”

 

 

Fonte: Bravo, João; Burn Out; Casa das Letras, setembro 2019 2ªedição, 978-989-780-109



[1] A aveia é muito rica em proteínas, contendo todos os aminoácidos essenciais. Porém estes aminoácidos não se encontram na proporção ótima. A aveia é pobre em lisina e treonina e contém bastante metionina. Por outro lado, inversamente as leguminosas tais como as lentilhas, feijão e grão-de-bico são ricas em lisina e treonina e pobres em tionina. Desta forma, se num prato combinarmos a aveia com estas leguminosas obtemos uma combinação muito poderosa, pois em conjunto formam uma «proteína completa».