Aprenda a
identificar e tratar a apneia do sono
“Dormir mal gera distúrbios do sono, dos quais o
mais grave é o síndrome da apneia obstrutiva do sono. A doença carateriza-se
por paragens da respiração durante o sono – apneias – geralmente associadas a
roncopatia – ressonar. É causada pelo colapso e obstrução das vias
respiratórias, que impedem a passagem do ar. Tem significado clínico quando as
paragens respiratórias duram mais de dez segundos e sucedem-se mais de cinco
vezes por hora.
https://medicina.ribeirao.br/2021/04/04/como-a-apneia-do-sono-pode-atrapalhar-a-sua-saude/
Os principais fatores de risco são o excesso de
peso e a obesidade. O tabagismo, a ingestão de álcool, o consumo de
medicamentos (sedativos, indutores do sono e relaxantes musculares) e
alterações anatómicas da faringe, como o aumento das amígdalas e das adenóides
(sobretudo em crianças) podem também causar a doença.
A maioria dos doentes não se apercebe do problema.
Há sintomas indicadores: dor de cabeça matinal, excesso de sono durante o dia,
despertares recorrentes, episódios de asfixia noturna, sono não reparador,
fadiga noturna, sono não reparador, fadiga diurna e diminuição da concentração.
O diagnóstico faz-se através de um exame: o estudo
poligráfico do sono noturno, que permite saber se há roncopatia, o número de
apneias em cada hora, o número de vezes em que o oxigénio baixa no sangue e se
há ou não uma situação muitas vezes associada: as pernas inquietas.
As apneias noturnas provocam alterações para além
da esfera respiratória. Há deficiente
oxigenação do sangue, com reflexos em todo o organismo, desde o défice de memória
até à impotência sexual.
A hipersonolência diurna afeta a vida social,
familiar e profissional, para além de estar na origem dos acidentes de viação –
estes doentes têm em média, sete vezes vezes mais acidentes de viação. Ao nível
do aparelho cardiovascular, verifica-se a subida da tensão arterial e o
aparecimento de arritmias, que podem levar a acidentes isquémicos, por vezes
fatais.
Os doentes com síndrome de apneia do sono têm maior
probabilidade de morte súbita enquanto dormem.
Perder peso, evitar beber álcool e deixar de tomar
sedativos são as primeiras medidas a tomar. Dormir de lado ou com a cabeceira
elevada também ajuda.
Quando o problema se torna mais grave, o tratamento
é feito através de um pequeno ventilador – CPAP – que através de uma máscara
nasal ou facial, introduz nas vias aéreas superiores ar sob pressão, impedindo
assim o seu colapso.
https://institutodosono.com/artigos-noticias/cpap-o-que-e/
O sono melhora, as apneias diminuem ou desaparecem,
reduz-se a sonolência noturna, melhora a performance da condução de veículos, a
memória, o humor e os parâmetros cardiovasculares.
Os efeitos adversos, como a obstrução nasal, secura
das mucosas, hipersecreção ou hemorragia nasal, inflamação dos olhos, ou lesões
cutâneas provocadas pela máscara, têm solução, não justificando a interrupção. O
tratamento faz toda a diferença e assegura a qualidade do sono
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