"Exposição Solar
A exposição solar tem uma influência positiva na
produção e regulação da serotonina. Quando estamos em ambientes poucos
iluminados, a produção de melatonina (conhecida como hormona do sono) aumenta,
o que faz com que os nossos níveis energéticos baixem, originando sonolência
excessiva e diminuição do estado de ânimo positivo. Por esta razão, aconselho a
ir para a rua durante 20 a 30 minutos diariamente, mesmo com o céu nublado. Por
outro lado, perto da hora de deitar deve baixar todas as luzes da casa, bem
como afastar-se de aparelhos eletrónicos que produzam luz como, por exemplo a
televisão, o telemóvel, o computador ou a tablet. A luz que emitem inibe a
formação de melatonina o que pode originar distúrbios do sono.
Ainda existe um outro benefício na exposição
solar controlada. Tem um papel muito importante na produção e absorção da
vitamina D. Existem vários estudos científicos que relacionam baixos níveis de
vitamina D com a depressão. Num dos estudos realizados e que foi publicado no Mayo
Clining Proceedings, os cientistas descobriram que pessoas com níveis de
vitamina D equilibrados tinham menos risco de sofrer de depressão,
especialmente pessoas que já possuíam histórico desta patologia. Por outro
lado, pessoas com níveis de vitamina D baixos são mais propícios a sofrer de
depressão e de outros problemas neurológicos.
Atitude Positiva
Se trabalhar para ter uma atitude mais positiva
na sua vida, vai influenciar positivamente a sua produção de serotonina e
outros neurotransmissores. Para tal é necessário descobrir o que o leva a sentir-se
bem e praticar mais disso. Exemplos para trabalhar a positividade consistem em
socializar com pessoas que o façam sentir-se bem e abandonar aqueles que não
aportam nada positivo à sua vida, as chamadas pessoas tóxicas, praticar um
passatempo, esboçar sorrisos – está provado que sorrir, mesmo que de uma forma
forçada, aumenta os níveis de serotonina uma vez que o cérebro acredita que a
pessoa está feliz, aumenta os neurotransmissores relacionados com a felicidade.
Dançar, viajar, fazer tricô, cozinhar, ler, pintar, tocar um instrumento, entre
outras coisas. Escrever um diário sobre coisas positivas, que aconteceram ao
longo do seu dia, e pelos quais está grato. Não é necessário serem coisas
complexas, podem ser coisas tão simples como encontrar um velho amigo,
agradecer por estar vivo, agradecer por poder ler estas páginas, por ter uma
casa onde se abrigar, uma família, ter um animal de estimação. Existe uma
quantidade infinita de coisas por que deve estar grato. Ao enumerá-las isso
contribuirá para sair da negação e iniciar o caminho da felicidade e gratidão.
Sexo
Que praticar sexo é bom toda a gente sabe – é do
senso comum. Para além disso, tem efeitos muito positivos sobre a mente e o
corpo. Durante a atividade sexual há uma libertação de endorfinas – substâncias
responsáveis pela sensação de prazer e satisfação, que originam um estado de
relaxamento físico e mental enorme. Estas endorfinas são fundamentais para o
bem-estar físico e psíquico, pois ajudam a aliviar a tensão acumulada, o
stresse, bem como a autoestima, o ânimo e o humor.
No que concerne à frequência das relações
sexuais, não interessa tanto a quantidade, mas sobretudo a qualidade. É fundamental
investir nos preliminares e na sedução e assim aumentar as sensações de prazer.
Uma excelente maneira de iniciar uma relação sexual é, por exemplo, começar por
uma massagem sensual e partir daí dar largas à imaginação. Quanto à quantidade,
depende exclusivamente do desejo de ambos e esse desejo deve e tem de ser
respeitado. Quando existe um desencontro entre o desejo de ambos, é importantíssimo
investir no diálogo, para que ninguém fique incomodado e todos possam extrair
felicidade e prazer da relação.
Outra questão a ter em consideração tem a ver
com a falta de desejo. Grande parte dos antidepressivos que existe no mercado
inibe o desejo sexual e alguns reduzem significativamente a capacidade de
atingir o orgasmo. É fundamental perceber e dialogar sobre esta questão visto
que uma relação sexual não se resume ao orgasmo mas à envolvência em todo o
ato. Se isto não for bem compreendido e aceite entre os parceiros, pode gerar
uma sensação de frustração e desânimo. Cada membro do casal tem o seu próprio tempo
e ritmo biológico. É fundamental perceber isto e trabalhar um em função do
outro.”
Fonte:
Bravo, João; Burn Out; Casa das Letras, setembro 2019 2ªedição, 978-989-780-109
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