O
número de pessoas com doença arterial periférica – circulação perigosamente
reduzida ou bloqueio do fluxo de sangue nas pernas – aumentou quase um quarto
em 10 anos em todo o mundo, indica um estudo divulgado esta quinta-feira,
avança a agência Lusa.
Cerca de 202 milhões de pessoas sofriam da doença em 2010, em comparação com 164 milhões uma década antes, tendo-se registado um aumento significativo entre as pessoas de meia-idade nos países em desenvolvimento, segundo a análise publicada na revista médica britânica Lancet.
O
aumento é atribuído ao crescimento da esperança de vida, dado a doença ocorrer
principalmente entre os idosos, mas também a um estilo de vida sedentário.
Ser fumador, diabético, hipertenso ou
ter excesso de colesterol constituem fatores de risco.
A
doença arterial periférica está relacionada com uma série de problemas,
incluindo um aumento de quase três vezes do risco de ataques cardíacos e de
acidentes vasculares cerebrais. A forma mais avançada da doença representa um
grave risco de amputação.
“Esta
doença vascular periférica tornou-se um problema mundial do século XXI e já não
pode ser vista como uma doença dos países ricos”, sublinha o professor Gerry
Fowkes, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, responsável pelo estudo e
citado pela agência France Presse.
Segundo
Fowkes, “este crescimento espetacular representa um desafio importante para a
saúde pública, devido à perda de mobilidade, de uma qualidade de vida reduzida
e do aumento do risco de ataque cardíaco e cerebral (AVC)” nas pessoas
atingidas.
Cada vez que fuma, os vasos sanguíneos vão-se contraindo , a hipoperfusão alastra e a situação agrava-se.
Sabe-se que muitos fumadores tendem a sofrer de doenças circulatórias, como a doença arterial oclusiva periférica (que, em alemão é designada por Raucherbein, que significa literalmente, «perna de fumador») ou enfartes cardíacos.
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