quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A História do Fumo

História do fumoO uso do tabaco é um hábito muito presente na vida diárias de um terço da população do mundo. Tem origem nas Américas, precisamente na América Central, nas proximidades da cidade de Tobaco, lugar que os colonizadores espanhóis viram pela primeira vez, a planta sendo usada pelos índios. Os índios utilizavam a planta para espantar mosquitos.  Em 1559, mudas da planta foram levadas para Espanha por um médico espanhol e posteriormente para Portugal. No ano de 1560, Jean Nicot, plantou no quintal de sua embaixada e usava as folhas em forma de rapé para dores de cabeça. Deve-se a ele a denominação de nicotina. Anos após, o fumo chegou à Itália e em 1585 na Inglaterra e na metade do século XVII, o hábito de fumar se alastrou na Europa e no mundo. Abriram-se muitos lugares que disponibilizavam o tabaco, e o hábito de fumar se tornou comum tão como hoje o cafezinho.
Antigamente, só fumavam os homens e mulheres de má reputação. A mulher honrada era considerada indigna se fumasse, considerado um crime que lesa a virtude feminina. Segundo Carvalho (2002), em virtude desta rápida difusão e a ocorrência de muitas doenças relacionadas ao hábito de fumar, ao decorrer da história foi proposto várias medidas antitabagistas drásticas, tais como:
- O tirano Murad IV, o Cruel, do Império Otomano, na primeira metade do século XVII percorria Constantinopla, disfarçado de fumante em crise de abstinência implorando por um pouco de fumo. Quando alguém atendia ao seu pedido, ele pessoalmente lhe cortava a cabeça. Estima-se que Murad IV tenha assassinado cerca de 25.000 fumantes em apenas 14 anos. – O soberano James I, que sucedeu a Elizabeth I no trono inglês, em 1603, supervisionava pessoalmente as sessões de tortura dos acusados de feitiçaria. A chamada “erva traiçoeira”, era usada pelos nativos não apenas por prazer, mas para prática da bruxaria na Europa. James I falava que: “Fumar é um costume repulsivo para os olhos, detestável para o olfato, daninho para o cérebro, perigoso para os pulmões”. (CARVALHO, 2002). – Urbano 8° publicou uma ordem que excomungava da igreja todos os que fumassem;
- Clemente 11° proibiu o uso do tabaco, só na igreja de São Pedro de Roma; e para os que contraviessem a este preceito seguia a excomunhão de Urbano 8º.
No século XVIII as proibições param, e, o uso do tabaco aumenta gradualmente. Com a Revolução Industrial, o cigarro passou a ser socialmente aceito, o que permitiu e facilitou o aumento da produção e consequentemente o aumento do hábito de fumar (SILVA, 2008). Nesta época verifica-se o fumo aliado ao charme feminino e acessório da masculinidade.
Ao longo do século XVIII, o uso do cachimbo ficou restrito às classes populares. O tabaco em pó (aspirado pelo nariz) foi o escolhido pelos nobres. A “pitada” (gesto de levar o tabaco ao nariz) tornou-se um sinal de elegância que ganhou também a aceitação por parte das mulheres, nos salões de beleza. os relatos da história mostram que o cigarro, também, pode ter sido inventado pelos índios, que enrolavam tabaco rasurado em folhas de outras plantas. Os europeus contribuem no aperfeiçoamento introduzindo o papel fino, os “papelitos”. O cigarro, o velho cigarrillo ou “tabaco de papel”, dominou o mundo, primeiro, enrolado pelos próprios fumantes, depois, a partir do início do século XX, pela versão industrial, empacotado.
Por Isabele Assunção- estagiária de psicologia do TratBem

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