A exposição passiva das crianças ao fumo ambiental do
tabaco (FAT) é um fator de risco independente, modificável e que contribui
diretamente para a otite média (OM).
Nos primeiros anos de vida existe maior suscetibilidade
para o desenvolvimento de OM, havendo também maior vulnerabilidade ao FAT.
As crianças portuguesas encontram-se entre os jovens
europeus mais expostos ao FAT, principalmente em casa. Vários compostos
presentes no FAT provocam alterações estruturais nas barreiras físicas do trato
respiratório, assim como alterações imunológicas, predispondo ao
desenvolvimento de infeções, como a OM.
De acordo com a evidência disponível, são os pais e
familiares a principal fonte de exposição para a criança, predominantemente no
carro e em casa.
Vários estudos concluem que o tabagismo materno
constitui o fator de risco mais importante para o surgimento de OM nas crianças
com maior tendência para a cronicidade e, consequentemente, com necessidade de
tratamento cirúrgico.
Verifica-se ainda que, a OM tende a recorrer mesmo
após a realização de timpanectomia.
Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de
Medicina, Universidade de Lisboa, 2018
https://repositorio.ulisboa.pt/handle/10451/41874
Imagem: https://www.bolasdesabao.pt/crianca/saude-infantil/otite-serosa
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