Ao assistir uma pessoa com ataque de pânico deves:
- Perguntar à pessoa
se ela sabe o que está a acontecer. Se ela souber, vai referir-te que está a ter
um ataque de pânico. Se ela não souber, procura assistência médica de urgência (liga
para o 112). Recorda-te que os sintomas de um ataque de pânico são muito
semelhantes aos de um enfarte, por isso chamar a ambulância é fundamental, caso
a pessoa não saiba do que se trata.
- Procura assistência
médica sempre que exista uma dúvida sobre o estado da pessoa (pode estar sob o
efeito de drogas ou ter uma doença do foro neurológico ou psiquiátrico).
- Tentar reduzir a
quantidade da ansiedade da situação que está a ser experienciada. Afasta-a das
experiências que a perturbam, como sair do sítio onde está ou evitar o que a
incomoda, perguntando-lhe sempre se o podes fazer;
- Não vás contra a
vontade da pessoa: se ela achar que o melhor é ir para o hospital, ajuda-a;
- Fica com a pessoa,
mostrando empatia e compaixão e mantém a tua calma;
- Evita frases como:
«acalma-te» ou «não tens de ter medo» ou «o que se passa contigo». Caso seja um
ataque de pânico, diz antes: «Está tudo bem, é um ataque de pânico que já vai
passar», «as sensações são fortes, mas não prejudicam o teu corpo. Eu estou
aqui para te ajudar», «tu consegues ultrapassar isto, se precisares de alguma
coisa diz-me». Caso seja recorrente: «Já te aconteceu outras vezes e passou
rapidamente, esta também vai passar.»
- Tenta encontrar a
causa do ataque de pânico, perguntando gentil e calmamente à pessoa o que a está
a perturbar.
- Não desvalorizes os
seus medos ou receios. Diz que a compreendes e que percebes que está a ser um
momento difícil e que estás lá para ela. Foca-te no que ela está a sentir no
aqui e no agora. Mostra interesse curiosidade genuína sobre os seus
sentimentos.
- Motiva a pessoa a
tentar recuperar uma respiração lenta e profunda. Se souberes fazer uma
respiração diafragmática, ajuda-a a fazê-lo ao som da tua voz («respira comigo»).
- Sê paciente e empático (espera que o ataque passe –
em média entre 5 a 25 minutos).
Seromenho, S. (2022). Não é Loucura, é Ansiedade -
Primeiros Socorros para Combateres a Doença do Século. Lisboa: Contraponto
Visualize o seguinte vídeo, pois será mais uma
forma de perceber se o seu amigo/a estará ou não a ter um ataque de pânico: