Falta-lhes o ar. Descrevem as crises como um sufoco
inolvidável.
Bibá Pitta conhece bem este universo. Depois de
uma crise na adolescência decidiu ir ao médico na companhia da mãe. O diagnóstico não deixava dúvidas: bronquite asmática. A bordo
desta novidade havia uma outra: o uso da “bomba”. Os sintomas eram óbvios:
“Tinha muita pieira, pingo no nariz e estava sempre a coçar os olhos. Fiz
medicação”. A humidade e a diferença de temperatura também lhe marcavam os
ritmos da doença.Apesar de reconhecer que a vida de uma pessoa que sofre
desta patologia não é fácil, confessa nunca ter sentido limitações. Contudo, as
rotinas eram idênticas às de outros jovens em situação semelhante. “Tinha
sempre uma bomba comigo onde quer que fosse”.
Os dias melhores chegaram quando tomou a decisão mais importante de todas:
deixar de fumar. “As coisas melhoraram muito nessa altura, apesar de fumar
muito pouco e de nunca ter fumado durante nenhuma gravidez, até porque o
bebé não tem culpa dos vícios da mãe”, afirma Bibá Pitta acrescentando que,
muitas vezes, as pessoas fumam mesmo tendo asma, o que para a entrevistada
“é um contrassenso. O cigarro faz pessimamente a tudo!”.
Foi também no desporto que encontrou a melhoria da sua qualidade de vida.
Adepta de um estilo de vida saudável, confessa treinar diariamente, adora correr
e vai ao ginásio sempre que pode. Consciente do número de asmáticos em
Portugal, Bibá Pitta deixa alguns conselhos úteis. “Devemos procurar ter o
mínimo de tapetes em casa e arejar a habitação sempre que possível. É preciso
ainda ter cuidado com os peluches junto das crianças e, é claro, optar por tecidos
de algodão em detrimento de sintéticos. E o mais importante: não fumar e
praticar desporto com regularidade”. E, é claro, não esquecer o uso de inaladores
e outros tratamentos indicados no controlo da sua asma.
https://www.jornalmedico.pt/asma/32908-o-abc-da-asma.html
https://www.euroclinix.net/pt/asma/asma-e-o-tabagismo