Sophie
Seromenho no livro “Não é Loucura, É Ansiedade” explica que a Resiliência deve ser desenvolvida para
ajudar a controlar a ansiedade.
“Quando se
trata de cuidar da nossa saúde mental, é importante desenvolvermos a
resiliência, além de coragem.
A resiliência
– capacidade de curar e crescer após situações de stress – é chamada de
crescimento pós-traumático e tem recebido muita atenção científica nos últimos
anos.
Obviamente,
ninguém escolheria voluntariamente viver algo doloroso. Acredito que nunca
quiseste ter tido o teu primeiro ataque de pânico, ou ansiedade, quando estavas
no café com amigos, por exemplo. Contudo, a resiliência é passível de se
construir e trabalhar, e, através dela, é possível dar um novo significado às
experiências traumáticas e encaixá-las num «quadro maior», dando-lhes um
significado e propósito na nossa vida.
Encontrar
significado e propósito na nossa vida e na nossa história pessoal reduz a
ansiedade.
Sentires-te
ligado aos outros também é um aspeto importante da resiliência (faz parte do
sistema de segurança, lembras-te?) e do nosso autocuidado.
As pessoas
resilientes não têm medo de obter o apoio social de que precisam. Isso
significa encontrar apoio nos amigos e/ou familiares, ou noutra comunidade
social.
Não é vergonha
nenhuma pedir ajuda aos outros. Por exemplo, inscreveres-te num ginásio novo,
num centro de ioga, num estúdio de dança ou ateliê do que quiseres.
Isto pode ser
esmagador, em especial para quem tem ansiedade social, mas geralmente o maior
desafio é simplesmente começar.
Depois de
começares a participar numa atividade nova e diferente, da zona de conforto,
podes acabar por descobrir que, eventualmente, era esta uma das peças do puzzle
que te faltava para dar o salto. A chave é não esperar até sentir vontade de
participar.
https://jornalnovametropole.com.br/wp/afinal-o-que-e-resiliencia/
Por mais
estranho que possa parecer, às vezes só tens de mudar o teu comportamento
primeiro e esperar que os pensamentos/emoções cheguem mais tarde. Arrisca.
Lembra-te de
que não precisas de falar sobre dos teus problemas de ansiedade com ninguém.
Aceita-te e compromete-te com o processo.
Agora que
estás munido de opções e estratégias diferentes e variadas para lidar com a tua
ansiedade, chegou o momento de construíres o teu plano de ação e pores em
prática de forma a solidificares a longo prazo os ganhos terapêuticos obtidos!
Tudo o que foi
falado aqui não é para ser posto em prática durante uns meses e depois deixar
de lado.
É preciso
cuidares de ti e fazeres por garantir todos os dias um estilo de vida mais
gentil, adaptativo e saudável se queres viver uma vida mais plena, gratificante
e valorizada.
Requer tempo,
paciência e prática, mas tu consegues.
(Eu acredito
em ti.)”
Seromenho, S. (2022). Não é Loucura, é Ansiedade -
Primeiros Socorros para Combateres a Doença do Século. Lisboa: Contraponto.
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