Esta planta, produz um veneno, um alcaloide denominado nicotina, que serve para ela se proteger dos ataques dos insetos. Quanto mais seco for o solo, maior quantidade de nicotina produz a planta do tabaco nas sua raízes, armazenando-a depois nas filhas ameaçadas.
A produção do tabaco com nicotina é feita hoje a partir desse meio de proteção da planta. O que também explica o motivo por que o fumo do cigarro mantém os insetos à distância. A planta bloqueia constantemente as suas próprias flores, ou seja, castra-se, sexualmente falando, para gerar folhas suficientes, porque as flores não contém nicotina. Com o processo de secagem e fermentação, o teor de nicotina baixa para 70% e, mais tarde para 40% durante o processo de condensação, o que faz com que o cigarro industrial consiga ser mais inofensivo do que os cigarros primitivamente preparados pelos Índios.
O processo de recolha de madeira destinada à queima para a secagem do tabaco tem destruído várias áreas arborizadas, que no caso de África, nunca mais foram recuperadas. Em média, isto significa que a produção de uma tonelada de tabaco obriga ao sacrifício de cerca de um hectare de floresta. A nicotina, como alcaloide, pertence ao grupo dos venenos mais fortes e é equivalente ao ácido cianídrico HCN, que os nazis empregavam nas suas tristemente famosas câmaras de gás e que, além do mais, ainda é encontrado no fumo do cigarro em concentrações que não são nada baixas.
Fonte:
Dahlke, Ruediger; O LIVRO DO FUMADOR - As razões Emocionais, Psicológicas e Espirituais do Vício,Editora Pergaminho SA, 1ª edição, fevereiro de 2012, ISBN 978-989-687-043-0
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