sexta-feira, 5 de abril de 2024

Há um segredo por trás do melhor som para se usar como despertador – e a ciência já o desvendou

 

Uma equipa de cientistas estudou a receita para a criação do alarme perfeito e que nos deixe logo alerta ao acordar, incluindo a frequência, a melodia e o volume.

Com o regresso do trabalho nos escritórios — e sem podermos rebolar da cama imediatamente para uma reunião no Zoom — muitos de nós vamos estar a acordar mais cedo para evitarmos a hora de ponta. Por isso, é importante usarmos os melhores alarmes.

Mas que tipo de alarme nos deixa alerta logo ao acordar? Pitágoras fez esta pergunta  por volta de 500 A.C. e acreditava que músicas específicas — melodias que despertam as energias — tinham a capacidade de combater a sonolência que temos ao acordar.

E parece que ele tinha razão. Uma investigação mostrou que certos sons de alarme podem melhorar o nosso estado de alerta quando acordamos.

Em particular, alarmes que estejam em sintonia (como a “ABC” dos The Jackson 5) têm melodias que dão energia ao ouvinte e são boas para termos um despertar eficaz. Mas percebermos porquê, temos primeiro que entender como os nossos cérebros respondem a estímulos complexos quando saem do estado de sono.

Acordar bem é importante

Acordar cambaleante nunca sabe bem. E como nós acordamos não afeta apenas o nosso humor e a perspetiva do dia, mas também a nossa cognição e a performance mental.

Em algumas instâncias, a sonolência depois de acordarmos tem o potencial de ser perigosa várias horas depois, ao reduzir a nossa capacidade de tomar decisões (como em situações de saúde, respostas de emergência, segurança ou enquanto conduzimos).

O estado cognitivo alerta reduzido é conhecido como “inércia do sono”. É uma preocupação cada vez maior porque pode ter consequências sérias enquanto fazemos tarefas de alto risco, como conduzir.

Como é que o cérebro acorda?

A transição do sono não é um sistema de ligar e desligar, como os scans dos cérebros já mostraram. Acordar depende de processos biológicos complexos, como o aumento do fluxo de sangue para o sangue.

Estudos mostram que as regiões cerebrais mais importantes para se estar alerta demoram mais a acordar do que outras. Isto significa que podemos estar acordados, mas não estamos alerta.

As investigações também mostraram que a atividade do fluxo sanguíneo diminui depois de se acordar, em comparação com estado antes de dormir. Por isto, estar alerta exige mecanismos que encorajam a redistribuição do fluxo sanguíneo para o cérebro — algo que alguns tipos de sons e música podem fazer.

Outro fator que influencia o estado de alerta a acordar é a fase do sono na altura. É menos provável que fiquemos sonolentos ao acordarmos de um sono leve, em comparação com um sono mais pesado ou na fase REM.

A eficácia do alarme também depende na idade. Jovens adultos entre os 18 e 25 anos precisam de alarmes mais altos do que pessoas mais velhas, e os pré-adolescentes precisam de um despertador ainda mais alto. Podemos precisar de um alarme até 20 decibéis mais alto aos 18 anos do que aos 80.

A frequência do som e a melodia são importantes?

Um número cada vez maior de provas sugere que alarmes diferentes podem influenciar positivamente a performance humana depois de acordar. A nossa pesquisa sistemática publicada em 2020 mostrou que as frequências temporais (o tom do som medido em Hertz) em torno de 500 Hz são melhores a acordar as crianças pequenas do que as variedades de mais de 2000 Hz.

Faltam pesquisas sobre se isto também se aplica aos adultos, mas assume-se que o mesmo tipo de despertadores seria benéfico. As gravações de uma pessoa a gritar “acorda!” funcionam melhor do que frequências mais altas. No entanto, não são eficazes como alarmes que apitam a 500 Hz.

Também concluímos que a forma como as pessoas interpretam a melodia dos alarmes também reflete quão sonolentos nos sentimos. Aqui, as pessoas que usam alarmes melodiosos vão murmurar a melodia e sentir-se menos sonolentos do que os que preferem um alarme que apita.

Com isto em mente, desenvolvemos uma melodia rítmica personalizada que levou a uma performance significativamente melhor quando e depois de se acordar. Outros estudos já mostraram que a música popular (que pode ser interpretada como sendo melódica) é boa para combater a inércia do sono depois de uma pequena sesta e que é ainda melhor se for música de que o ouvinte gosta.

O que posso fazer para melhorar o meu alarme?

Dado o resto, acreditamos que o alarme perfeito deve ter uma melodia que pode facilmente murmurar, ter uma frequência dominante à volta dos 500 Hz e não ser demasiado rápido ou demasiado lento (entre 100 e 120 batidas por minuto é o ideal.

Se pensarmos nos alarmes por defeito nos nossos dispositivos, é preciso muito mais trabalho — especialmente visto que a pesquisa nesta área ainda é relativamente nova.

https://youtu.be/PF37zV1BOw0

 


https://zap.aeiou.pt/som-como-despertador-ciencia-468926

Empresa dá quatro dias de férias adicionais a funcionários que não fumam

 Diretor da empresa diz que não é uma questão de discriminação, mas de justiça.

Os funcionários de uma empresa britânica de recrutamento vão receber mais quatro dias de férias por ano se não fumarem durante o trabalho.

A empresa KCJ Training and Employment Solutions, sediada em Swindon, no sudeste de Inglaterra, implementou esta medida para compensar os funcionários que não fumam ao invés de penalizar aqueles que o fazem. Em causa estão os intervalos.

diretor da empresa, Don Bryden, é ele próprio um fumador. "Não quero discriminar ninguém. Se as pessoas quiserem fazer intervalos para fumar, que façam, sem problema. Não digo para pararem", explicou, citado pela BBC.

"Mas imaginemos que são três intervalos de 10 minutos por dia. Equivalem a 15 dias de trabalho por ano, com base num dia de trabalho de oito horas", disse. "E se cortarmos essa margem por 1/3 e forem apenas 10 minutos de intervalo para fumar por dia, são quase 5 dias de trabalho num ano", acrescentou.

Bryden explicou que se esta medida motivar outras pessoas a deixar de fumar, melhor ainda. "Já me perguntaram se dou um dia extra de folga se uma pessoa não fumar durante três meses. Eu disse que sim. E se conseguirem não fumar por seis meses eu dou dois dias de folga".

"Lembrem-se que um ambiente de trabalho mais saudável é um ambiente de trabalho mais feliz", completou.

No Japão, outra empresa dá seis dias aos não-fumadores

Esta medida já não é inédita. Em 2017, uma empresa japonesa começou a oferecer aos funcionários que não fumam seis dias de férias adicionais por ano, depois destes terem começado a reclamar que trabalham mais tempo do que os colegas que fazem vários pequenos intervalos por dia para fumar.

Piala Inc., sediada em Tóquio, introduziu esta nova medida em setembro de 2017. "Espero encorajar os funcionários a deixar de fumar através de incentivos ao invés de penalizações ou coerção", disse o CEO da empresa, Takao Asuka, à Kyodo News, na altura citado pelo Telegraph.

O descontentamento entre os funcionários não-fumadores foi aumentando de tom porque o escritório da empresa fica no 29.º andar e quem quisesse fumar tinha que descer até ao rés do chão, fazendo com que cada intervalo para fumar demore até 15 minutos.

No final do ano de 2017, cerca de 30 funcionários em 120 tiveram direito aos dias adicionais. Disse-se ainda que a medida impulsionou, na altura, quatro pessoas a deixar de fumar.

 


https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1393081/empresa-da-quatro-dias-de-ferias-adicionais-a-funcionarios-que-nao-fumam

Substâncias que agravam a ansiedade

 

Este mês transcrevemos do livro “Não é Loucura, É Ansiedade” da Sophie Seromenho o seguinte tema: “Substâncias que agravam a ansiedade” nomeadamente: cafeína, o sal, as gorduras saturadas e o açúcar.

 

Cafeína

Vários dos meus clientes resolveram os seus problemas de sono e, em certos casos, 50% da ansiedade ao diminuírem/eliminarem o café da sua dieta. Alguns até tiveram o seu primeiro ataque de pânico após beberem café!

O café é a bebida mais óbvia, mas existem muitas outras fontes de cafeína, incluindo cacau, refrigerantes como Coca-Cola, Pepsi, chocolate e até café descafeinado! A cafeína estimula várias partes diferentes do teu corpo, estimula a produção de adrenalina, como se estivesses em stresse. Também estimula a libertação de noradrenalina, fazendo com que te sintas mais acordado e alerta. Ao pôr-te em constante estado de excitação, as glândulas suprarrenais e outras partes do teu corpo são mantidas em estado de emergência. Isto pode ser muito stressante.

Este tipo de superexcitação torna-te mais vulnerável à ansiedade e ao pânico. Acrescenta a isto o facto de que a cafeína atua como diurético que expele na urina os minerais calmantes e as vitaminas B antisstress.

Apesar de em determinadas quantidades o café ser benéfico, se sofres de ansiedade/pânico não te aconselho  a bebê-lo.

 

Sal

O sal, em especial o sal de mesa , stressa o corpo e pode esgotar o potássio e aumentar a pressão arterial, sobrecarregando ainda mais o coração.

Evita salgar a comida e usa um substituto natural do sal, como o gomásio, ou usa ervas como manjericão e orégãos ou mesmo limão para temperar a comida. Evita comprar alimentos enlatados ou congelados que listam o sal como ingrediente.

 

Gorduras saturadas

Alimentos ricos em gorduras saturadas, como fritos, hambúrgueres e batatas fritas, levam à inflamação sistémica e, consequentemente, à fadiga. As gorduras inibem a síntese de neurotransmissores e fazem com que as células sanguíneas se aglutinem, resultando numa má circulação cerebral. É importante evitar este tipo de gorduras e aumentar o consumo de gorduras anti-inflamatórias como os ácidos gordos ómega-3 (presentes no salmão, sardinhas e atum e nas sementes de linhaça, chia e cânhamo).

 

Açúcar

O açúcar refinado pode levar a maiores níveis de ansiedade, os açúcares simples presentes em bolos doces são problemáticos para o teu corpo, uma vez que tendem a decompor-se muito rapidamente, causando uma secreção excessiva de insulina pelo pâncreas, resultando num desequilíbrio de açúcar e, consequentemente, em stresse e inflamação. Quando nos alimentamos em de hidratos simples, o nível de açúcar no sangue cai muito depressa e de maneira drástica, causando nervosismo, irritação e tonturas. Já deves ter sentido isto várias vezes quando estás com fome, não? É que as tuas glândulas suprarrenais, para ajudar com este desequilíbrio glicémico e para não desmaiares, entram em ação e «ajudam» com uma injeção de cortisol, que pode contribuir para ativar o sistema de luta-fuga e desencadear ansiedade..

E o grande problema é que repetimos estes picos glicémicos inúmeras vezes ao longo do dia (ou seja, promovemos um estado de ansiedade frequentemente, sem sabermos).

Para eliminarmos esses sintomas, modifica os teus padrões alimentares, substituindo o açúcar por hidratos de carbono complexos, e evita sumos de frutas, mesmo que sejam naturais, bem como os açúcares simples presentes em bolos, bolachas, gomas, chocolates e refrigerantes. Se tiveres dúvidas de como planear uma alimentação mais adequada com uma glicemia mais estável e baixa ao longo do dia, consulta um nutricionista.

 


https://www.linkedin.com/pulse/alimentos-que-pioram-ansiedade-e-depress%C3%A3o-cart%C3%A3o-redesul?originalSubdomain=pt