A nicotina é uma substância
transparente, oleosa, relacionada com a cafeína e é um dos químicos mais
viciantes do mundo.
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A substância viciante do tabaco é um alcalóide liquido chamado de nicotina. É também uma das substâncias mais
tóxicas para o homem, mas nos cigarros a dose é tão pequena que tem os efeitos
estimulantes.
A nicotina
absorvida interfere com o funcionamento normal do cérebro – interfere com os
neurónios – e gera um um sentimento de euforia e excitação. É também esta
interferência que liberta endorfinas que dão aquele prazer e bem estar que faz
as pessoas ficarem viciadas na nicotina. A nicotina também causa a libertação
de adrenalina – a hormona utilizada no reflexo de “vida ou de morte” das
pessoas. A nicotina tem cinco efeitos principais para o fumador:
- Aumenta a pressão arterial
- Aumenta o batimento cardíaco
- Dá uma respiração mais rápida e
menos profunda
- Libertar glucose para a
corrente sanguínea
- Inibe a libertação de insulina
O vício
manifesta-se pela vontade que as pessoas tem pela substância quando a sua
concentração atinge um valor baixo na corrente sanguínea. Por isso os fumadores
tem de manter uma certa quantidade de nicotina fumando ao longo do dia para
substituir a nicotina metabolizada (a nicotina metabolizada é a que é queimada
e utilizada pelo nosso organismo).
Um cigarro
tem entre 10 e 20 miligramas de nicotina. Dessa quantidade 1 a 2 miligramas vão
entrar na corrente sanguínea do fumador através dos pulmões, ou por via das
membranas mucosas (pelas gengivas se for tabaco de mascar e pelo nariz se for
tabaco para cheirar). O tempo que demora para a primeira “dose” de nicotina
chegar ao cérebro depois da inalação é cerca de 10 segundos depois do primeiro tragar.
A nicotina
chega mais rápido ao cérebro do que a heroina se fosse injetada diretamente na veia!
O corpo
metaboliza a nicotina muito depressa. A nicotina de um cigarro é quase
inexistente depois de 6 horas. O corpo “queima” a maior parte da nicotina no
fígado, com alguma metabolizada nos pulmões e o resto é deitado fora através
dos rins.
O vício da
nicotina e o número de cigarro que o fumador consome, é dirigido pela
necessidade de manter uma certa concentração de nicotina no sangue ao longo do
dia. Isto explica porque a maioria dos fumadores tendem a fumar cerca de 20
cigarros por dia – para manter uma certa concentração de nicotina. Alguns
fumadores preferem uma concentração mais alta e fumam ainda mais.
O problema é
que cada vez que você acende e fuma um cigarro, você está a preparar-se para
fumar o próximo, uma hora mais tarde. Depois de você acabar de fumar um
cigarro, a concentração de nicotina no seu sangue vai começar a diminuir muito depressa,
chegando a metade da concentração cerca de uma hora mais tarde. Isto inicia a
sua vontade de fumar outro cigarro e acontece quase imediatamente depois de
apagar o último cigarro.
Eventualmente
o seu corpo vai exigir outro cigarro – para criar novamente uma concentração de
nicotina satisfatória ao seu vício.
Fumar é como
calçar sapatos apertados para depois ter o prazer de os descalçar. Antes de nós
começar-mos a fumar não precisamos de cigarros para aproveitar a vida ou para
lidar com o stress. Mas quando fumamos aquele primeiro cigarro metemos
nicotina no corpo. Quando apagamos o cigarro a nicotina começa a sair do
organismo, o que cria um vazio, um sentimento de insegurança que só pode ser
tratado fumando outro cigarro para ter mais nicotina.
E é aqui que
está a armadilha. No minuto que você apaga um cigarro, você já se está a
preparar para fumar o próximo. Ou pior ainda, o minuto que acende um cigarro,
já está a preparar-se para fumar o próximo!
A pior coisa
deste vício é que ele é tão suave, não existe dor associada à falta de
nicotina. Ao contrário da heroína, que deixa os viciados com dores quando não
tem a sua próxima dose, a necessidade da nicotina é quase inexistente. Aquela
garganta seca, uma dor de cabeça leve, falta de conforto ou não conseguir
dormir são associados ao vicio da nicotina – são um preço baixo a pagar para
deixar este vicio.
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